sábado, 19 de setembro de 2009

El Mundo

"Un hombre del pueblo de Neguá, en la costa de Colombia, pudo subir al alto cielo.
A la vuelta, contó. Dijo que había contemplado, desde allá arriba, la vida humana. Y dijo que somos un mar de fueguitos.
- El mundo es eso - reveló -. Un montón de gente, un mar de fueguitos.
Cada persona brilla con luz propia entre todas las demás. No hay dos fuegos iguales. Hay fuegos grandes y fuegos chicos y fuegos de todos los colores. Hay gente de fuego sereno, que ni se entera del viento, y gente de fuego loco, que llena el aire de chispas. Algunos fuegos, fuegos bobos, no alumbran ni queman; pero otros arden la vida con tantas ganas que no se puede mirarlos sin parpadear, y quien se acerca, se enciende."


Retirado do El libro de los Abrazos de Eduardo Galeano

Cada vez que leio, lembro de algumas pessoas e do brilho que têm.

Nada como um colo

“Quero voltar para o útero de minha mãe!” Costumo usar essa expressão, quando me sinto um pouco sem rumo e necessitando de “colo”. Por quatro dias, senti como se, finalmente, tal feito tivesse se concretizado. Ter meus pais aqui foi incrível! Me senti acolhida, quentinha e bem alimentada. Poucos dias, em que renunciei ao meu posto de quase pré-balzaquiana e fui extremamente mimada.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Presente para meu pai

Eu e pai.

Não alcanço, acende a luz pra mim?
Quero tocar o céu, me leva nas tuas costas?
Já olhei para os dois lados, posso ir?
Olha minha redação, hoje desenhei um arco-íris.
A sala gira, enquanto danço sobre teus pés aquele samba, em nosso mundo vermelho.
Pai, ainda caminho segurando tua mão, não solta, tá? Só contigo posso voar.



FELIZ ANIVERÁRIO PAI!

Te amo!

BRASIL 3 x 1 ARG

Nossa casa. Brasileiros, colombianos, venezuelanos e argentinos(hehe)vendo a partida.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

El secreto de sus ojos



Ótimo filme!
E vimos por apenas seis pesos.
Um dia farei aqui uma lista com os melhores filmes argentinos (na minha humilde opinião). Mas, por esse post, onde usei todo meu poder de síntese, me parece perceptível que, hoje, tenho preguiça.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Buenísimo

Quem me conhece sabe o quanto gosto de música. Assunto que, na maioria das vezes, acaba me aproximando de pessoas com buena onda. Em Buenos Aires, isso acontece de forma ainda mais interessante, devido à diversidade de estrangeiros que habitam a cidade.
Através de uma conversa totalmente musical com Chibi, um porto-riquenho muito querido (colega de mestrado da Carol), conheci uma banda Argentina que, simplesmente, não consigo parar de ouvir: El Robot bajo el água. Além de uma excelente música , os caras têm ótimos vídeos.
Gracias Chibi!
Site: http://www.elrobotbajoelagua.com.ar/



Monólogo sobre a publicidade

Monólogo engraçado, escrito por Martín Mercado, reconhecido publicitário argentino.
Quem já viveu a rotina de uma agência, sabe do que ele está falando. O aúdio não está muito bom, mas vale o esforço para ouvi-lo.

- http://www.goear.com/listen/5ef12ec/Monólogo-sobre-la-Publicidad-artista-argentino-desconocido

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Constatação relevante

Carol, eu e Frapuccino Mocha. Visita do Eduardo

Starbucks é altamente viciante.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Reencontro I


Tenho participado de muitos seminários e palestras por aqui. Não podemos negar, a capital argentina oferece ótimas discussões, todo o tempo, sobre os mais variados assuntos.
Em uma dessas charlas sobre arte e moda, tive um prazeroso reencontro com as obras de uma grande artista: Sonia Delaunay. Nascida na Ucrânia, Sonia foi uma visionária nos anos 20. Um dos grandes ícones do conceito mode art (arte e moda), levou o cubismo orfico de suas telas para o têxtil. Da música a poesia, várias foram as manifestações que inspiraram a artista em suas obras. Um agrupado completo de cores, formas (ou dissolução delas) e objetos que fizeram reviver minha experiência estética.
Para minha alegria, chove em Buenos Aires. Dias assim são raros, vou para a janela desfrutá-lo.

A Culpa é do Fidel


Algo realmente bom que fiz no final de semana: ver o filme A culpa é do Fidel (La Faute à Fidel!), primeiro filme dirigido por Julie Gavras.
Aos nove anos, Ana é uma pequena dama, até que chegam sua tia e prima fugidas da Espanha, após o assassinato do tio, um militante contra a ditadura de Franco. Seu pai, um espanhol que vive na França, revê seus conceitos políticos com a efervescência política e morte do cunhado. Saí do emprego e começa a atuar como intermediário do movimento para a eleição de Allende no Chile. Sua mãe deixa de escrever para Marie-Clare para escrever um livro sobre o direito feminino a contracepção. Além dessas, muitas outras mudanças acontecem na vida da menina, que em muitos momentos questiona seus pais, deixando-os em dúvida se estão no caminho certo.
O interessante é acompanhar tudo isso sob a óptica infantil, o que o filme consegue com êxito. Você acaba entrando na atmosfera de Ana. Vale a pena ver!

Anh??????

Buenos Aires é repleta de chineses, com seus prósperos negócios. Perto da minha casa, que fica em Palermo, tem três mercados e uma lavanderia, com simpáticos donos de olhinhos puxados (quando digo perto, é perto mesmo, distância de uma quadra).
Sempre vou ao mesmo mercadinho chino, onde o ovo é mais barato, e, algumas vezes, acabo passando pela mesma situação: a dona, uma chinesa que não fala quase nada de espanhol me conta uma história. Em chinês, é claro. Não sei se ela pensa que entendo algo ,até pode ser, pelos meus enganadores olhos puxados, ou precisa desabafar , mesmo que a outra pessoa não entenda. Não faço idéia, nem sei se a história muda cada vez que vou. Então fico alí, ouvindo, durante dois ou três minutos, com cara de alface balançando e dizendo ahan.
Tudo pelo ovo mais barato!

domingo, 30 de agosto de 2009

Mistura Fina

Foto: divulgação

Os argentinos amam Fernet. Para o meu paladar de cervejeira incontestável, a bebida tem gosto de Olina, mas enfim,esse não é o tema do post. Escrevi isso pra dizer que a bebida aqui, misturada com Coca, é realmente tradicional e também para explicar a extraordinária ação de comunicação feita pela Fernet 1882.
A marca instalou 1882 fotos, em tamanho real da atriz argentina Coca Sarli na “Plaza Naciones Unidas” (Plaza de La Flor), gerando surpresa e impacto aos que por ali passavam ou paravam para tomar o habitual mate.
As fotografias da atriz atuam com a Floralis Genérica do arquiteto Eduardo Catalano, causando um belo efeito. A campanha se chama “1882 fernets con Coca Sarli”, e também serviu para homenagear Sarli , que completou 74 anos.
Bela mistura: Fernet + Coca + criatividade dos Hermanos.

Em construção...

Cinco meses sem nada para dizer, ou escrever. Na verdade, não fiquei presa em nenhuma bolha ou algo parecido. Muitas coisas aconteceram, conheci gente, música e alguns personagens, de forma tão desordenada, que não via espaço para tudo aqui.
Na realidade, esse intervalo em meus despretensiosos escritos, foi resultado de uma imersão em pensamentos e inquietudes, há tempos sonolentos dentro de mim. Mas aqui estou, ainda bem que não divulguei muito o blog, assim a credibilidade não foi afetada e permaneço com breves relatos de minha caminhada argentina.
Buenos Aires continua incrível, com suas imensas ruas, ar melancólico (me encanta!) e uma certa dose de soberba. Continuo a mil com o mestrado, seus textos intermináveis e a sensação de que, por mais que estude, não alcançarei os aprofundados conhecimentos teóricos de meus colegas hispanohablantes. Enfim, “a vida não é um morango”.
Bueno, a intenção desse post é retomar minha relação com a escrita não monográfica, e principalmente, registrar o quão importante foi ter ido ao Brasil. Sim, passei o mês de julho e cinco dias de agosto em casa. Pude então reforçar minha teoria, de que a distância fortalece o que sempre foi forte. Vi as pessoas que mais amo, todas com sintomas explícitos de saudade, que confirmaram mais uma vez, que estarão ali ou lá, com o coração aberto na minha volta. Alguns sentimentos foram revirados, mexidos e certamente, repartidos. Agora, mais do que nunca, sei de quem realmente preciso para ser feliz. Voltei com energias renovadas, espírito leve e tive a certeza que é momento de “olhar para dentro” e isso justifica o título acima: estou em construção.
Obs: ando escrevendo com demasiado sentimentalismo. Não posso deixar que isso vire um blog emo.

sábado, 18 de abril de 2009

E por falar em saudade...

Sem dúvida, uma das palavras mais difíceis de explicar, é saudade. Sim, todos sabemos que só existe em português e por isso, se torna quase impossível explicá-la a alguém que não fale nossa língua. Entretanto, creio que não é uma tarefa muito fácil descrever esse sentimento, para qualquer pessoa.
Segundo Wikipédia saudade descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar".
Sempre fui uma escrava da saudade, com meu apego ao passado e demasiado sentimentalismo. Agora, o cenário mudou. Não sinto mais saudade de quem foi embora, mas sim de quem e do que ficou. Sentir saudade, talvez seja a maior dificuldade para quem mora em outro País. O idioma, aprendemos. Amigos, bem vindos sejam os novos! Emprego, demora um pouco, mas, acabamos encontrando. Agora essa tal saudade....
Confusa mescla de dor e afago que, provavelmente, vai habitar dentro de mim, nesses dois anos em solo argentino.
Escrevi esse texto pensando no sorriso e abraço da mãe, nas conversas e parcerias do pai. Nas risadas e jogos de play 2 com os irmãos, na alegria das cunhaditas queridas.
Nas festas, churras, companhia de todos os amigos, almoços de domingo e nas festas cheias de dança e gargalhada com as gurias. Nos primos mais amigos do mundo. Na Anastácia, cadela mais louca que conheço. Nos ex-colegas de trabalho. Na redenção, pôr do sol do Guaíba, Beira Rio,bares da cidade baixa, Casa de Cultura...
A música já diz: " Ter saudade até que é bom é melhor que caminhar vazio...".
"Ojala" tudo que estou vivendo e as pessoas que estou conhecendo aqui, me deixem saudade. De certa forma, essa companheira me conforta.

domingo, 12 de abril de 2009

Na estrada...




Mais uma vez, escrevo um blog.
Dessa vez, a sensação de recomeço, não é só interna. Estou vivendo em outro País. Cultura distinta, novos amigos e colegas. Tudo novo...
Bom, me pareceu inevitável a criação de uma outra "caixinha de inquietações". No caminho, sei que vou encontrar (já ando encontrando), criaturas fantásticas, e tantas outras, sem coragem, sem coração e, principalmente, sem cerébro. Sei também, que em muitos momentos, eu serei uma dessas criaturas. Ainda não sei muito bem qual será o conteúdo desse blog. Meus amigos (ou amigos dos amigos), estão convidados a descobrir. Portanto,siga a Estrada de Tijolos Amarelos!!!!